O mundo mudou! No que se refere aos relacionamentos, aos formatos e às configurações de família vivemos novos tempos, mas uma coisa não mudou, e provavelmente não mudará, que é o desejo de ter filhos e além disso de transmitir a herança genética para as futuras gerações.
Continuamos com uma sociedade majoritariamente “tradicional”, mas hoje temos diversas configurações familiares como casais homoafetivos e famílias homotransafetivas formando uma sociedade que a cada dia preceitua mais a diversidade e o respeito a todos. Os filhos, porém, continuam sendo o desejo dos mais diversos casais e, apesar da adoção ser um ato admirável, o ser humano quer transmitir seus laços biológicos e não pode ser deixado de lado.
A filósofa Viviane Mosé, na última edição da Revista do IBDFAM disse que “um filho é realmente algo muito belo e grandioso, por juntar duas pessoas, duas diferenças, dando um terceiro elemento.“
E nessa linha vemos as novas configurações de família necessitando utilizar-se da biomedicina e de formas de reprodução assistida que, com certeza, precisam ser muito bem regulamentadas para que no futuro nossos tribunais não sofram com uma enxurrada de questões envolvendo essas novas situações, algumas nem tão novas.
O direito sucessório e, acima de tudo, o direito de família nunca mais serão os mesmos depois dessa transformação da sociedade, pois apesar de novas possibilidades e novas formas de amar, o desejo será sempre o mesmo.