Melhor interesse da criança

Quando não há mais como um casal manter a convivência e, por consequência, o próprio casamento, o divórcio acaba sendo inevitável. Mas além daquelas duas pessoas, existem muitos outros envolvidos como famílias inteiras e até negócios. Não por isso a felicidade pessoal, a retomada de vida e uma mudança de rumos devem ser evitados.

O que precisam é ter em mente que os menores “estragos” possíveis podem ser buscados de uma forma harmônica. Um ex-casal não deve e nem pode se tornar inimigo, principalmente quando existem filhos, que em nenhum momento pediram para estar ali e muito menos desejavam passar por situação parecida.

O instituto da guarda compartilhada veio justamente para regular relações como essas, onde o que se pretende é preservar o melhor interesse da criança, ou dos filhos. No início era opcional e utilizada por ex-casais, no mínimo, que tivessem ainda condições de se falar.

Em 2014 a guarda compartilhada tornou-se regra no regime adotado após o divórcio dos pais, justamente para preservar o direito de convivência entre filhos e pais, dividindo as responsabilidades sobre eles e a necessidade de estarem juntos, o que só traz benefícios à crianças e adolescentes.

Em alguns casos, obviamente, o melhor interesse da criança é estar sob a proteção de apenas um daqueles que formavam o antigo casal, por inúmeras razões como violência, desequilíbrio de um dos pais, problemas de saúde, dependências, etc. 

O importante é que jamais, pais e filhos, devem se distanciar, principalmente na infância e adolescência, quando o indivíduo está em formação e levará essas experiências, boas ou ruins, para a vida e com certeza para a forma como se moldará na vida adulta.

Ser advogado de família é muito mais do que informar e defender direitos de uns ou outros. O advogado de família precisa entender a dinâmica e ter experiência, às vezes até pessoal, com a situação para orientar a todos. Advogar na área de família é ser advogado, psicólogo, juiz e muito mais. E sempre lembrando que o amor e a convivência suprem a distância que poderia ser causada por essa ruptura de uma união.