Competência não se herda

Um dos maiores problemas mencionados quando falamos em sucessão é a competência para conduzir negócios e patrimônio. 

Muito comum no passado, hoje, trabalhar com os pais ou na empresa da família virou assunto quase proibido, a bola da vez é entrar no mercado e, na maioria das vezes, criam-se asas em outras searas e não há caminho de volta. Talvez esteja aí um dos principais fatores para o grande desafio de empresas familiares na atualidade: a sucessão!

Quando pensamos em planejamento sucessório pensamos na continuidade de negócios e patrimônio com a mesma qualidade, ou ainda mais, quando da transmissão de comando. E atualmente essa transmissão não deve ser esperada apenas quando da morte de patriarcas ou matriarcas, mas sim daquele momento em que esses decidem pela sucessão para aproveitar os frutos de vidas inteiras de muito trabalho e esforço para criarem famílias e negócios.

Com um bom planejamento e a análise das aptidões é possível saber, ou pelo menos chegar bem perto, quem está preparado para seguir com o comando de negócios familiares, lembrando que mais de 90% das empresas no Brasil estão aí incluídas, entre elas as maiores do país como grandes bancos, indústrias e comércios em geral.

Essa análise deve levar em conta ainda a liderança e capacidade de lidar com conflitos, afinal a vida é feita de altos e baixos, crises e bonanças, subidas e descidas.

Enfim, um bom planejamento pode acarretar num excelente futuro para negócios, empresas, patrimônios e, principalmente, para famílias se manterem unidas e firmes em propósitos iniciados há anos, décadas ou até mesmo gerações, afinal competência não se herda, mas se desenvolve desde que incitada a isso.