O legado das eleições de 2018

Nesse ano tivemos uma das mais importantes eleições de nossa história. A população já estava no limite em relação à velha política e, em especial, com os velhos políticos.

Em razão de toda essa intolerância caminhamos para um segundo turno de extremos. A faculdade que nos é delegada pelo instituto das eleições em dois turnos nos deixou uma escolha entre opostos extremos. Um candidato representava o que “forças democráticas” consideram o que há de pior e mais retrógrado, porém do outro estava o candidato do partido que governou o país nos últimos 16 anos e que mostrou ao Brasil o maior escândalo de corrupção jamais visto no mundo.

Diante de tudo isso caminhamos para um possível “terceiro turno”. As urnas já foram fechadas, já temos um novo presidente, porém acusações de lado a lado nos farão assistir por meses, senão anos, por uma definição final, com a chancela do TSE e do STF.

Fakenews, caixa dois, compra de votos, contribuições ilegais, etc, etc, etc. Isso vai pautar essa terceira fase da eleição de 2018.

Sepultamos de vez, ou pelo menos mostramos ser esse o caminho, a velha política do toma lá dá cá. Os eleitores decidiram mudar, mais de 53% dos nossos parlamentares de São Paulo não se reelegeram e se pegarmos os senadores de nosso estado como exemplo a renovação foi de 100%.

É chegada a hora dos nossos tribunais deixarem mais claras as regras do jogo e nosso Congresso, renovado, aprovar imediatamente uma reforma política e uma nova legislação eleitoral. O mundo mudou, a tecnologia mudou, o jeito de se fazer política e campanhas mudou, precisamos mudar também! Nos adaptarmos aos novos tempos. Não podemos mais deixar para aprovar “puxadinhos” às vésperas da eleição.

Chegou a hora de realmente mudar, que esse Congresso renovado fuja à regra ditada pelo saudoso Dr. Ulysses Guimarães que dizia que a cada legislatura teríamos um parlamento pior, que realmente as palavras do deputado humorista se confirmem e pior que está não fique.

José Antonio F. Antiório Filho é Advogado com MBA em Gestão Empresarial.

*Artigo publicado na Revista Vertical News

Edição nº 56 – 10/2018